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Companhia de Jesus

Companhia de Jesus

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Descrição

Duração - 2

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Dificuldade - Média

Lisboa é pontuada por edifícios que outrora foram casas de comunidades religiosas, cada uma com os seus fins – a oração, o acolhimento, a educação –, e que hoje cumprem propósitos bem diferentes. Venha conhecer os lugares e a memória desses edifícios.

Noviciado de Nossa Senhora da Assunção Noviciado de Nossa Senhora da Assunção

A Companhia de Jesus criou um noviciado em Lisboa destinado à formação dos seus noviços. A construção do edifício e igreja do noviciado, consagrados a Nossa Senhora da Assunção, foi patrocinada em 1587 por Fernão Teles de Meneses e a sua mulher D. Maria de Noronha. A primeira pedra foi lançada em 1603 e a ocupação começou em 1619. É de realçar que esta obra erguida na Quinta do Monte Olivete no sítio da Cotovia contou com o importante apoio de Pedro Lombardo.

A traça do noviciado da Cotovia tal como a da sua igreja, construída entre 1605 e 1616, ficou a dever-se ao arquiteto Baltazar Álvares, sendo caraterizada por ter dois claustros ladeando a igreja, por trás da qual corria um corredor.

O noviciado acabou com a extinção da Companhia de Jesus em 1759 tendo as suas instalações sido ocupadas pelo Real Colégio dos Nobres, fundado em 1761.

Casa Professa de São Roque Casa Professa de São Roque

A Companhia de Jesus construiu a sua primeira casa professa em Portugal numa zona de olival fora da muralha fernandina de Lisboa, onde em 1515 se acabara de construir uma ermida consagrada a São Roque e onde desde 1554 se começou a erguer o chamado Bairro Alto.

Os Jesuítas receberam a ermida em 1 de outubro de 1553, instalando-se aí no dia seguinte vindos do colégio de Santo Antão-o-Velho. Foi sobre essa ermida que os jesuítas fizeram construir uma igreja. Depois de algumas controvérsias e hesitações a igreja foi traçada com uma só nave a partir de 1567/1568 tendo sido aberta ao culto em 1573, apesar de ainda não estar acabada. Paralelamente foi se erguendo a casa professa para a instalação dos padres à direita da igreja.

Em 1759, os jesuítas tiveram de abandonar a sua casa professa por ordem do Marquês de Pombal, que em 1768 a cedeu à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que a foi adaptando e desde então continua a ocupar.

Colégio de Santo Antão-o-Novo Colégio de Santo Antão-o-Novo

A construção do Colégio de Santo Antão-o-Novo, inaugurado em 1594, respondia à necessidade de a Companhia de Jesus possuir um grande edifício para o seu programa educativo e religioso. Deveu-se à Condessa de Linhares a iniciativa da construção da sua grandiosa igreja, inaugurada em 1653 após quarenta anos de obras. A igreja foi destruída e apenas a sacristia chegou aos nossos dias.

Em 1769, dez anos após a expulsão dos jesuítas do país, o Marquês de Pombal determinou que no edifício se instalasse o Hospital de S. José, em substituição do Hospital Real de Todos-os-Santos, destruído por um incêndio em 1750 e pelo terramoto de 1755. Para o efeito, foi feita uma adaptação do espaço existente às novas funções, mantendo-se no essencial a estrutura primitiva. Em 1775 o novo hospital começou a receber doentes.

Colégio Santo Antão-o-Velho Colégio Santo Antão-o-Velho

Primitivamente dedicada a Santo Antão, a primitiva igreja integrava o edifício doado pelo Rei D. João III, em 1542, à Companhia de Jesus, sendo a primeira casa própria da Companhia no mundo. Em 1553, foi aqui inaugurado o primeiro colégio dos Jesuítas em Portugal, chamado o Coleginho desde o momento em que o número de alunos exigiu a transferência para um edifício maior. Em 1950, a Paróquia de Nossa Senhora do Socorro foi transferida para esta igreja, após demolição da igreja antiga. O templo acolhe, além da imagem da padroeira, a venerada imagem de Nossa Senhora da Guia. São dignos de visita o claustro quinhentista e a sacristia, com o seu arcaz e os painéis de azulejos com um invulgar triunfo de Santo Agostinho e cenas da vida de Santo Antão.

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